Dia destes, no TOPShopping de Nova Iguaçú/RJ, vivi uma experiência curiosa. Estava eu, ali, na praça de alimentação, acompanhado de uma amiga, com minha enorme bandeja, andando de um lado para o outro a procura de um lugar para me sentar. Meu drama era tão banal, se não fosse pelo fato de ver, que muitos dos lugares supostamente livres, já abrigavam demarcadores de posse: bolsas, caixas e pasmem, até mesmo uma criança assustada, para garantir ali, a estada dos que se acotovelavam nas longas filas do balcão de atendimento, num clássico e corriqueiro ato de egoísmo.
Assim age em todas as estâncias, a criatura humana. Buscando atender ao seu interesse particular, o indivíduo ignora outros, pondo no patamar superior o seu "EU", como coisa mais importante e, abstendo-se do bem estar da coletividade.
É o idoso, que precisa implorar para se sentar, é a gestante, que roga ao bom senso, é o deficiente físico, que espera ser reconhecido em seu drama, para encontrar conforto. Bendita lei federal, que veio para proteger estas minorias, do egoísmo descabido, que não se justifica, remetendo o Homem a condição de criatura irracional.
Basta olhar para a indicação "É proibido fumar em recinto fechado" e, não tardarás a encontrar um fumante, supostamente analfabeto ou com problemas visuais, a espalhar sua fumaça venenosa, contaminando outros, em sua frágil condição de fumantes passíveis.
O egoísmo ainda é, traço de imperfeição e da condição inferior, em que muitos insistem permanecer.
Numa boate, menos de um mês atrás, pedi ao cidadão pra apagar seu cigarro se não eu ia chamar o segurança; ele ficou sem graça e apagou na hora. O problema foram as outras cinco pessoas, covardes e mal educadas, que esperaram o primeiro mal educado corajoso começar a fumar pra dar início ao efeito dominó. Pra essas outras 5 eu chamei o segurança.
ResponderExcluirMá educação contagia. Mas a autoridade existe pra ser exercida, e não reconheço autoridade mais poderosa que a razão. Quem teve que apagar o cigarro, morreu de vergonha. A gente tem que falar mesmo, omissão é cumplicidade. O povo dessa cidade precisa dar um salto civilizatório. Cada vez mais os olhos do mundo se voltam pra gente.
Uma pessoa egoísta não “enxerga o outro”, não percebe o que o outro sente, pensa ou
ResponderExcluirgosta. A pessoa egoísta acredita e tem certeza de que ela está certa nas atitudes tomadas e
nunca volta atrás, não pede desculpas ou se arrepende do que fez. O egoísta faz exatamente
o oposto daquilo que alguns psicólogos afirmam ser a receita do bom relacionamento: cuidar e
fazer-se cuidar.